13 de out. de 2021

Violência Contra Mulheres com Deficiência.

 

Card com Fundo lilás, centralizado a frase: Violência Contra as Mulheres com Deficiência.
@feminismosobrerodas



Estamos na semana de Combate a Violência Contra a Mulher e precisamos combater violência que atinge todas as mulheres brasileiras e principalmente as que ainda são inviabilizadas pela sociedade.

“Ele controlava meus passos, me afastou de amigos, agrediu fisicamente, me dando um soco no olho e mesmo assim eu me mantive nesta relação por anos”

Estas são as marcas de uma relação abusiva, aquele homem que se aproxima se mostrando ser uma pessoa bacana, logo em seguida mostra a pessoa abusiva em uma relação.

Infelizmente a violência contra as mulheres, não tem idade, classe, cores, etnias e religião- inclusive, mulheres com deficiência- estão mais vulneráveis a sofrer todos os tipos de violência.

A sociedade precisa entender como a violência doméstica atinge essas mulheres e suas varias facetas,
a violência familiar e doméstica é a responsável pelas causas de feminicídio no Brasil.

Violência está que Mata, Agride e Lesa uma mulher. Esse tipo de violência pode ser cometido por marido, ex, tio e pai, e marca a violência de gênero que nos atinge com um aumento de 48,8% casos de violência cometidas por estes.

Entender esse aumento em plena Pandemia deixa evidente que as mulheres brasileiras estão diante de uma epidemia e que tem deixado danos físicos e psicológicos em muitas mulheres.

A violência cometida contra as mulheres com deficiência, segundo dados do IPEA é duas vezes superiores às cometidos contra os homens com deficiência, é cometida dentro de casa, e as mulheres com deficiência intelectual correspondem a 56,9% das vítimas.

A taxa mais alta em relação a este grupo, tem como causa principal a violência sexual, que em muitos casos é silenciosa e cometida por quem está ao lado destas mulheres, resultando em gravidez.

Pouco se fala do estupro de vulnerável e os abusos contra mulheres e meninas, e os meios legais da interrupção de uma gravidez por violência sexual.

Em pleno século XXI esbarramos na aceitação desta violência cometida por homens covardes, que se sentem seguros em violentar, agredir e tripudiar destas mulheres, por acreditar na indefesa e incapacidade de autodefesa advinda da sua condição de deficiência, seja física, visual, auditiva, intelectual.

Estas violências costumam ser reincidentes, estima-se que mais de 30% das pessoas com deficiência intelectual são atacadas mais de uma vez.

Quais são os fatores principais que impedem as mulheres com deficiência a romperem com o ciclo da violência?

Estes fatores vão desde, a dependência emocional, autonomia e controle sobre o corpo, a negligência de sua segurança por familiares, romper com o vínculo “ amoroso”, se mantendo ao lado do agressor que comete violência física, sexual, moral, psicológica e patrimonial pois seus “Cônjuges”, costumam ser seus curadores de suas finanças, cuidadores e titulares de seus benefício sociais o que dificulta sair da situação de violência e vulnerabilidade.

Estas incapacidades, somadas a dificuldade de buscar por denunciar nos Serviços Especializados de Atendimento a Mulher, marcam um cenário ainda mais distante destas mulheres saírem da violência, alimentando a ideia que esses agressores não serão punidos.

Romper com estas barreiras é o primeiro passo para que as estas mulheres possam sair da violência doméstica e familiar.

É urgente criar políticas e mecanismos garantindo as mulheres uma rede especializada com escuta ativa e acolhimento humanizado.

Somente construindo serviços acessíveis mudaremos este cenário para quase 26 milhões de mulheres e meninas com deficiência no Brasil.

Que os movimentos que lutam por direitos humanos, incluam a perspectiva de gênero e deficiência nas suas construções sociais e políticas.

Ao estado cabe o reconhecimento de justiça social, no que se refere a garantia de direitos de igualdade e oportunidades.

Que as falhas do estados ao transgredir na legislações, decretos e determinações constitucional não permitam que mulheres e meninas com deficiência sejam vítimas da violência estatal.

Que a Lei Maria da Penha possa ser implementada garantindo os direitos de denunciar,buscar por ajuda e punição atravéz da justiça, a sociedade que haja uma mobilização na promoção da educação com mudanças a punir seus agressores e construindo uma sociedade onde as barreiras do machismo possam ser desconstruída.

Que a gente possa METER A COLHER SEMPRE e que o omisso não seja mais um covarde a silenciar a violência sofrida por TODAS as mulheres.


DENUNCIE em um dos canais de atendimento abaixo:

180 – CENTRAL DE ATENDIMENTO À MULHER NO BRASIL: registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.

100 – DIREITOS HUMANOS: Registra denúncias contra violência, abuso sexual, agressões físicas ou psicológicas etc.

129 – DEFENSORIAS PÚBLICAS: Presta informações sobre como conseguir um defensor público para pessoas que não têm condições de pagar um advogado.

190 – POLÍCIA MILITAR: Serviço de emergência da Polícia Militar que atende aos cidadãos em casos de riscos, ameaças contra a vida, denúncias de roubos, atentados e proteção pública.

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