17 de abr. de 2017

DESCASO DA EMPRESA BELÉM NOVO.

Imagem do ônibus Belem Novo.


Acordo às 05:00 da amanhã para mais uma consulta das tantas que tivemos que levar o Roberth em uma semana, saio de casa às 06:00 super cansada e neste dia sozinha pois nem sempre o Hélio tem como estar comigo.
Ele dorme no meu colo durante 3 horas diretas enquanto aguardo a consulta dele com mais um especialista, as horas parecem eternas começo a sentir dor e mais dor, não consigo me mexer com ele no meu colo, noto que as pessoas ficam me olhando como se fosse algo fora do normal uma mãe carregar seu filho no colo enquanto dorme.
Dos olhares que nos cercaram nenhum se ofereceu para ajudar pois é isso que faria se visse uma mãe ou pai com o cansaço expresso no olhar, é o que eu sempre digo, as minhas dificuldades como mãe são sim diferentes como as de outras mães mas todas nós passamos por dificuldades com nossos pequenos e questionar minhas dificuldades quando se trata de uma mãe cadeirante é mais fácil em uma sociedade que exclui com seus pensamentos e atitudes.
Na consulta o médico notou meu cansaço e pegou o Roberth no colo pois o cansaço era de estar a uma semana com ele entre o hospital e em casa chorando e gritando de dor, este cansaço não era por não caminhar e estar na cadeira mas era sim como outro qualquer quando se esta sobrecarregada.
Saímos de lá ele foi caminhando e decidi tomar um café pois estava com fome, pegamos o ônibus rápida Lami que vem super rápido e ao embarcar falei para o cobrador e motorista onde desceria como faço sempre que embarco.
Duas paradas antes aviso que vou descer mas como de costume sempre me deixam longe da parada e neste dia não foi diferente, ao descer o elevador ele ficou mais alto que o normal na hora de sair a cadeira foi para frente e o Roberth quase caiu, minha atitude foi segura-lo e larguei o controle da cadeira, neste momento o motorista resolve ajudar, mas longe da parada não tinha como eu manobrar a cadeira e nem subir o cordão da parada, o motorista me ajuda mas pega somente um lado da cadeira e esqueci o outro, quando subi percebo que a cadeira não sai do lugar, com o Roberh no colo não tinha visão nenhuma dos meus pés.
O Roberth desce do meu colo e o motorista entra em desespero, meu pé torto para trás por causa do pé da cadeira sinto uma dor mais forte por causa disso, o motorista pede pra eu ficar parada com a cadeira e resolve voltar com o pé da cadeira para a posição certa e quase termina de quebrar o pé, digo pra ele que vai quebrar e me diz só assim vai conseguir ir pra casa.
Vou pra casa sem nenhuma ajuda por parte dos funcionários com a roda da cadeira batendo no pé, ligo para a empresa e pergunto qual será o procedimento que eles teriam, o encarregado me diz que vão pagar o que foi danificado e que eu teria que ir lá na empresa assinar um termo de compromisso, em momento algum ele se dispôs a ir comigo ou me levar no lugar para comprar a peça e repor.
Fiquei pensando depois que desliguei o telefone, meu filho quase cai, meu pé quase quebra, minha cadeira sem condições de usar e se quer se oferecem para comprar a peça deixando isso para minha responsabilidade.
Mesmo sabendo do risco me aventurei a sair com a cadeira novamente e levei o Roberth, como o pneu encostando no pé da cadeira se não for trocado logo, eu terei que comprar outro pneu que custa 120,00 cada.
Lá fui eu para a loja perguntei da peça e verificaram que não tem na loja que somente daqui a 20 dias, sai de lá chateada e indignada com a falta de preparos dos funcionários que nos desembarcam de qualquer jeito, lembro de com um mês de uso da cadeira por forçarem a cadeira pra subir no elevador meus dois apoios de trás se quebraram e ando sem nenhuma proteção e ela virar, quem pagou por isso, j´é tão naturalizado que acabei não reclamando pois é o que mais faço a anos, quando fico na parada e me atraso pq o ônibus não funciona, quando me descem entre quatro porque o elevador não funciona e assim vai o descaso de quem precisa usar o transporte público da capital e região metropolitana.
Se passaram 10 dias e até agora ninguém da empresa ligou pra saber de algo, mas tomarei as providências necessárias por mim e por todas(os) que necessitam de um transporte digno.

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