6 de dez. de 2020

Sobre o mapa do Brasil um laço branco. Ao lado em um retângulo escrito: homens pelo fim da violência contra as mulher.


 Dia 6 de dezembro (ontem) foi instituído no Brasil, pela Lei nº 11.489/2007, como Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres. A data remete a um evento ocorrido em 1989, em Montreal, no Canadá, quando Marc Lepine, de 25 anos, invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica. Ele ordenou que os homens se retirassem e começou a atirar, assassinando 14 mulheres. O rapaz suicidou-se em seguida. Marc deixou uma carta justificando o ato: não suportava a ideia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente masculino.

O crime mobilizou a opinião pública do país, promoveu um debate sobre desigualdades entre homens e mulheres e motivou um grupo de homens canadenses a criar a Campanha do Laço Branco (White Ribbon Campaign). O movimento cresceu e hoje tem a missão de promover a igualdade de gênero, relacionamentos saudáveis e uma nova visão da masculinidade. O laço branco foi adotado como símbolo e lema de jamais cometer um ato violento contra as mulheres e de não fechar os olhos frente a essa violência.
No Brasil, a Campanha do Laço Branco é coordenada pela Rede de Homens pela Equidade de Gênero (RHEG) e constituída por um conjunto de organizações não governamentais e núcleos acadêmicos. Ela promove eventos e atividades com o objetivo de sensibilizar, envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher. E atua no espaço público, escolas, instituições de saúde, empresas públicas, privadas, divulgando material informativo e educativo.
No RS este dia é marcado pela luta dos homens pelo fim da violência contra as mulheres, onde são desenvolvidas ações nos diversos espaços para sensibilizar os homens com o tema. Mais do que uma data, os homens precisam estar comprometidos com esta luta diariamente.
Educar seus filhos (as) com igualdade e respeito é o primeiro passo no enfrentamento à violência contra as mulheres.
Somente no primeiro semestre do ano de 2020 em média 53 mulheres foram vítimas de violência, sendo o RS o quarto estado com maiores casos de vítimas de feminicídio coloca o estado em um alerta preocupante no momento em que as mulheres morrem por sua condição de gênero.
Com um aumento de 24,4% no mesmo período de 2019, 10 casos a mais, 51 mulheres perderam suas vidas. Estes indicadores colocam nosso estado nas primeiras posições no ranking da violência contra as mulheres. Hoje o grande desafio é enfrentar a violência no contexto da pandemia, sendo o estado conhecido como um povo conservador e machista ainda estamos longe de acabar com a desigualdade e a violência contra as mulheres.
Carol Santos

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