21 de nov. de 2012

Mulher há 15 anos com síndrome do encarceramento sonha com recuperação

Foto de Chiristiine.

Grande exemplo de vida em que estar viva esta acima de tudo, sou a favor da eutanásia em que em situações reversiveis temos o direito de querer estar vivo ou não, mas esta britânica supera os limites da vida.

A britânica Christine Waddell vive há 15 anos em uma cadeira de rodas, sem conseguir mover-se, alimentar-se ou falar por conta própria. Mesmo assim, sua mente continua funcionando normalmente.
Waddell é uma vítima da síndrome do encarceramento - uma paralisia dos músculos do corpo em consequência de AVCs (acidentes vasculares cerebrais) ou de um trauma grave no cérebro. Pacientes como Waddell - a qual sofreu um derrame em 1997 - têm controle apenas sobre o movimento dos olhos.
Hoje, Waddell se comunica com o mundo por meio de sua cuidadora, Carol, que lê a lista de números e letras "ditos" pela paciente com seus olhos.
Ainda assim, Waddell tem fé em sua recuperação: "Acredito em mim. Tudo pode acontecer", diz ela, em entrevista à BBC.
A síndrome do encarceramento ganhou destaque recente na Grã-Bretanha com a história de Tony Nicklinson, vítima da paralisia que pedia na Justiça o direito de morrer com a assistência de médicos.
Nicklinson afirmava que sua vida havia se tornado um pesadelo desde que adquirira a síndrome do encarceramento, mas seu pedido de suicídio assistido foi recusado pela Justiça da Grã-Bretanha. O britânico acabou morrendo em agosto.
'Normal'
Waddell defende a causa de Nicklinson, mas afirma que, ao contrário dele, tem vontade de viver.
"Acho que ele estava certo quanto ao direito de terminar sua própria vida. Mas é uma questão individual, sobre como cada um se sente. Você se acostuma, então (a condição) já é normal para mim", opina a britânica.
Ela diz que "sempre acreditou" que se recuperaria, sensação reforçada, há oito anos, ao sentir o movimento dos dedos do pé. "Vou me recuperar, porque eu realmente quero."
Ainda assim, não esconde o sofrimento causado pela síndrome do encarceramento.
"Antes do meu derrame, eu era uma pessoa cheia de energia. Adorava dar risada", conta. "Lembro-me como se fosse ontem do dia em que tive o derrame. Estava deitada e passei mal. O telefone estava tocando, mas não conseguia enxergar o suficiente para atendê-lo."
Risadas e Facebook
Carol, a cuidadora, explica que a comunicação com Waddell se dá por uma tabela com as letras do alfabeto. A paciente pisca a cada letra de cada linha que ela quer usar para formar uma frase.
E, apesar de não conseguir falar, Waddell consegue rir - algo que ela faz quando Carol revela à reportagem da BBC que a paciente ainda gosta de tomar dois drinques de vodca por semana.
Waddell diz também que as redes sociais são uma importante ferramenta para sua comunicação.
"Facebook e coisas do tipo melhoraram a minha vida, porque me permitem fazer contato com os meus amigos", relata.
Fonte: BBC
 

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