26 de ago. de 2012

Sexo e Lesão Medular. E agora?

Desenho de um cadeirante de mão dada com uma mulher de bengala ambos em frente a cama e acima de sua cabeça as nuvens de dúvidas.


A Medula Espinhal é responsável por transportar todas as funções do nosso corpo comandadas pelo nosso cérebro, dar movimento ao corpo, função aos órgãos, as sensações, dor, calor, frio… É uma via de informações. Quando a medula é danificada, é como se este canal fosse cortado limitando totalmente ou parcialmente funções específicas do organismo, porém as limitações do lesado medular variam de acordo com o nível de sua lesão.
O lesado medular precisará readaptar sua vida totalmente as suas novas condições, criando novos mecanismos para realizar suas funções com o auxílio de equipamentos especiais, órteses, tecnologia assistiva e adaptações por meio da orientação de um profissional qualificado para gerar novamente autonomia e maior independência do indivíduo.
Dentre os profissionais que auxiliam no tratamento, o Terapeuta Ocupacional executa um papel fundamental trazendo à tona a melhora ou resgate da qualidade do desempenho ocupacional do seu cliente, sendo a reabilitação o meio que leva o sujeito a conquistar novamente suas funções para obter uma crescente em sua qualidade de vida. Porém, é indispensável à avaliação e reabilitação de uma equipe multidisciplinar para que o tratamento seja muito mais eficaz.
A pergunta que não quer se calar é a seguinte? Diante de uma luta pela recuperação e readaptação das disfunções causadas pela lesão medular, como manter ativa a vida sexual? Como este processo funciona?
É preciso primeiro o indivíduo estar aberto a esta nova experiência de se conhecer novamente dentro destas novas condições.
Existem cuidados importantes para que a relação aconteça, é necessário estar atento ao esvaziamento da bexiga, que pode não mais ocorrer de modo voluntário, posicionamento adequado que seja confortável para que este processo ocorra da forma mais natural possível.
É muito importante que o indivíduo busque sua satisfação sexual, pois este é um processo que faz parte da vida de qualquer ser. A reabilitação pode trabalhar formas específicas que favoreçam o genitalismo, quando, esta é a única forma de expressão e gratificação sexual, ou quando não há, existem profissionais especializados em reabilitação neurofuncional, entre outras, preparados para orientação adequada quanto a técnicas que facilitem a satisfação sexual, medicamentos, bem como, a indicação de outros meios que possam propiciar uma vida sexual ativa, saudável e feliz à um lesado(a) medular e sua parceira(o).
O processo de aceitação das novas condições de vida do lesado medular é algo que deve ser trabalhado e interfere na volta à vida pessoal, social ou profissional. Aspectos como autoestima, imagem corporal e identidade sexual se perdem neste processo e precisam ser resgatados, portanto, a compreensão, a parceria e força de vontade do casal juntos, fará toda a diferença, considerando sim a relação sexual como um processo de autoconhecimento, amor e prazer e não somente a realização do ato em si.
A recuperação da vida sexual irá influenciar no desenvolvimento favorável nos demais aspectos da vida do indivíduo.
Com amor, para tudo se há um jeitinho!
Consulte sempre um profissional habilitado e preparado para seu tratamento.
Colaboração: Pâmela Luchetta dos Santos
Terapeuta Ocupacional
pam_luchetta@yahoo.com.br
            (47)8475-7280      
Fonte: Portal Em Forma

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