1 de jul. de 2012

Dieta rica em ômega -3 e curcumina repara danos nos nervos após lesão medular.

Foto de um pesquisador.

Suplementos dietéticos ajudam as células nervosas a reparar e manter a função neurológica após lesão degenerativa no pescoço
Pesquisadores dos Estados Unidos descobriram que uma dieta rica em ácidos graxos ômega-3 e em curcumina, ingrediente do tempero curry, ajuda a preservar a capacidade de andar de ratos que sofreram danos na medula espinhal.
Os resultados, publicados no Journal of Neurosurgery: Spine, sugerem que estes suplementos dietéticos ajudam as células nervosas a reparar e manter a função neurológica após a lesão degenerativa no pescoço.
"O envelhecimento normal, muitas vezes estreita o canal espinhal, criando pressão sobre a medula espinhal e ferindo o tecido. Enquanto a cirurgia pode aliviar a pressão e prevenir mais ferimentos, ela não pode reparar danos às células e fibras nervosas. Queríamos explorar se a suplementação da dieta pode ajudar a medula espinhal a curar a si mesmo", afirma o pesquisador Langston Holly.
A equipe estudou dois grupos de ratos com mielopatia cervical, doença progressiva que ocorre frequentemente em pessoas com artrite reumatoide e osteoporose. Mielopatia cervical pode levar a sintomas neurológicos como dificuldade para caminhar, dor no pescoço e no braço, dormência na mão e fraqueza dos membros. É a causa mais comum de problemas para caminhar relacionados à coluna em pessoas acima de 55 anos.
O primeiro grupo de animais foi alimentado com ração que imitava uma dieta ocidental rica em gorduras saturadas e açúcar. O segundo grupo consumiu uma dieta padrão enriquecida com ácido docosahexaenóico (DHA) e curcumina, um composto presente no tempero curry. Um terceiro conjunto de ratos recebeu uma dieta padrão e serviu como grupo de controle.
A equipe utilizou o DHA porque ele é um ácido graxo ômega-3 conhecido por reparar os danos às membranas celulares. A curcumina é um forte antioxidante que estudos anteriores ligaram ao reparo de tecidos. Ambos reduzem a inflamação.
"O cérebro e a medula espinhal trabalham juntos, e anos de pesquisa demonstram que os suplementos como o DHA e a curcumina podem influenciar positivamente o cérebro. Nós suspeitamos que o que funciona no cérebro pode também trabalhar na medula espinhal. Como não conseguimos encontrar bons dados para apoiar a nossa hipótese, decidimos estudá-la", afirma o coautor Fernando Gomez-Pinilla da pesquisa, da Universidade da Califórnia.
Os pesquisadores registraram informações sobre o andar dos ratos e reexaminaram a caminhada dos animais em uma base semanal. Após três semanas, os ratos que comeram a dieta ocidental demonstraram problemas para caminhar mensuráveis que pioraram conforme o estudo progredia. Ratos alimentados com uma dieta enriquecida com DHA e curcumina andaram significativamente melhor do que o primeiro grupo até seis semanas após o início do estudo.
Em seguida, os cientistas examinaram a coluna vertebral dos ratos para avaliar como a dieta afetou sua lesão em um nível molecular. Eles mediram os níveis de três marcadores, respectivamente, ligados a danos, reparação neural e comunicação na membrana celular.
Os ratos que receberam a dieta ocidental mostraram níveis mais elevados do marcador ligado aos danos na membrana. Em contraste, o DHA e a curcumina pareceram compensar o efeito d lesão no segundo grupo, que apresentou níveis de marcadores que foram equivalentes ao grupo de controle.
Níveis dos marcadores ligados à reparação neural e comunicação celular foram significativamente mais baixos nos ratos criados com dieta ocidental. Novamente, os níveis dos animais alimentados com a dieta suplementada pareceram semelhantes aos do grupo de controle.
"DHA e curcumina parecem invocar vários mecanismos moleculares que preservam a função neurológica nos ratos. Esta é uma etapa emocionante para a compreensão do papel que a dieta desempenha na proteção do organismo contra doenças degenerativas", afirma Gomez-Pinilla.
Segundo Holly, as descobertas sugerem que a dieta pode ajudar a minimizar as mudanças relacionadas à doença e reparar danos à medula espinhal. "Estamos próximos de avaliar outros mecanismos envolvidos na cascata de eventos que antecede a lesão medular crônica. Nosso objetivo é identificar quais etapas responderão melhor à intervenção médica e identificar medidas eficazes para retardar o processo da doença", conclui o pesquisador.
Fonte: Isaude.net

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