31 de jan. de 2017

O artesanato e A fala que iniciava para muitas(os)

Imagem retangular com fundo rosa e a frase no centro:Eu vim ao mundo pra sentir.

Estava na parada com o Hélio aguardando o ônibus, se aproximou uma senhora e me deu bom dia e disse que tinha me visto na revista da Avon, fiquei toda boba ser reconhecida, mas ela continuou tu não esta dando mais cursos, eu fui tua aluna no CRAS lembra?
Claro que eu não lembro dela pois sou péssimo em guardar nomes e fisionomia, mas ela ficou tão feliz em me ver e disse que era uma pena eu não estar mais fazendo meus cursos de artesanato.
Mas vamos a este dia, sempre gostei de artesanato e faço várias coisas e na época eu estava fazendo uma bolsas com tela que a Dona Rosa havia me ensinado.

Como sempre estive  muito próxima aos CRAS por onde morei e sei o que as famílias que são atendidas tem renda baixa eu me ofereci para dar um cursinho, levei meu material e fui dar aula, tinha umas 6 mães que puderam aprender a fazer aquelas bolsas lindas e esta senhora foi uma delas.
Essa abordagem me vez lembrar de outra história minha:

Pegamos o ônibus e me lembrei de uma coisa tão linda, com alguns dias da tragédia  do que aconteceu na minha vida e ainda no hospital, um enfermeiro do Parque Belem me convidou pra dar um testemunho pra alguns adolescentes.

Eu aceitei mesmo com toda dificuldade na fala por conta do tiro que havia saído no meu pescoço eu quase nem conseguia falar.

Foi tão difícil eu ter que ficar na cadeira e em muitos momentos fiquei tonta e parava de falar, os jovens me olhavam atentamente, eu sabia que cada palavra dita ali naquele momento poderia e muito ajudar aqueles jovens a atender tudo que eu tinha sofrido e que não desejava que nenhuma jovem sofresse pois eu também era uma jovem no meio deles.

Naquele momento eu já iniciava meu trabalho de querer ajudar e alertar as mulheres e comecei com a juventude que tem tanto a aprender principalmente os adolescentes homens.
Lembro que depois da palestra se assim posso dizer, liguei para meu tio Jorge pois ele era a pessoa que mais me apoiou naquele momento e contei pra ele a proeza que tinha feito, ele ficou feliz e deu aquela gargalhada maravilhosa e disse: Essa é dos Santos.

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Saudações Feministas.

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