18 de jun. de 2012

" Teatro Cego" coloca deficientes no palco e plateia no escuro.



Os atores do Teatro Cego, que trazem a proposta pela primeira vez ao Brasil: deficientes e platéia ficam no escuro (Foto: Divulgação)


Pela primeira vez no país, a montagem de um texto de Nelson Rodrigues reúne atores e público em um ambiente sem qualquer iluminação


O Grande Viúvo, conto de Nelson Rodrigues, pode ser sentido, ouvido e experimentado através de cheiros. Tudo menos ser visto na montagem da Caleidoscópio que toma o Tucarena a partir desta quarta-feira (13/06). A companhia traz pela primeira vez ao país o Teatro Cego, em que atores profissionais misturam-se a deficientes visuais para “encenar” uma peça totalmente às escuras.
As apresentações acontecem na arena do Tuca, o que dá aos atores a possibilidade de circular por corredores e entre cadeiras, inserindo os espectadores na cena. O ambiente é completamente escuro, colocando a plateia no universo dos deficientes visuais. Os espectadores ouvem sons, vozes e sentem cheiros que chegam de diferentes direções. Na definição da Caleidoscópio, é uma questão de apurar os sentidos e desafiar a mente.
O texto de Nelson Rodrigues, extraído do livro A Vida como ela é, também se presta à adaptação. Inconformado com a morte da mulher, um homem anuncia à família que também quer morrer e ser enterrado ao lado dela. Para evitar a tragédia cria-se uma rede de calúnias contra a falecida, sempre com um final inesperado como nas histórias do dramaturgo. Na montagem, o elenco de cinco atores conta com três deficientes visuais e mais quatro músicos para criar os efeitos em cena.
A proposta da peça é criar um ambiente diferente no teatro brasileiro e, possivelmente, abrir uma nova frente de trabalho para atores, produtos e técnicos. O formato surgiu em 1991, na cidade de Córdoba, na Argentina, e atualmente está em cartaz em Buenos Aires
Teatro Cego – O Grande Viúvo. Tucarena, Rua Monte Alegre, 1024, Perdizes. Qua. e qui. Às 21h. Informações: 3670-8455. R$ 40. Ingressos na bilheteria ou pela internet ingressorápido.com.br e 4003.1212
Outra Peça.
BREU
Outra montagem em cartaz na cidade --esta no Sesc Belenzinho (zona leste)-- tem um princípio semelhante. Escrita pelo carioca Pedro Brício e dirigida por Maria Silvia Siqueira Campos e Miwa Yanagizawa, "Breu", como o nome já sugere, tem seus primeiros 15 minutos também apresentados na total escuridão.
Os espectadores entram no teatro já sem luz, auxiliados por lanternas comandas pela equipe da montagem. A trama se passa em uma casa do subúrbio carioca nos anos 1970. Uma das personagens, Carmem (vivida por Kelzy Ecard), fala o início de seu texto no breu.
O espectador tenta adivinhar seus movimentos pelos sons de água corrente, de passos ou pelo barulho de móveis sendo descolados. Com a chegada de Aurora (Natália Gonsales), que vem auxiliar Carmem na produção de cachorros-quentes, a luz aos poucos começa a surgir.
O que parece um fato corriqueiro é transformado pelo medo e pela desconfiança que definiram a ditadura brasileira.
Serviço:
Breu
Gênero: Drama
Direção: Maria Silvia Siqueira Campos e Miwa Yanagizawa
Com: Kelzy Ecard e Natália Gonsales
Local: Sesc Belenzinho Sala de espetáculos 1
Endereço: R. Pe. Adelino, 1.000 - Quarta Parada - Leste.

Fonte: Época São Paulo e Deficiente em Ação.


É a inclusão chegando aos poucos em nossa sociedade todos temos talentos basta nos darem uma oportunidade de mostrar e criar uma peça no escuro com certeza fara muito gente refletir que tudo pode na vida até mesmo no escuro, espero que esta peça venha para nossa capital.
Esta atitude do escritor de mostrar o universo das pessoas que não enxergam é uma maneira de mostrar a realidade daqueles que não veem.
Pensando nesta ideia colocarei um  vídeo abaixo que mostra como é a realidade daquela pessoa que não vê e necessita da outra para ter acesso as informações do que acontecem e não são percebidas ao seu redor.




Vídeo abaixo.




Um comentário:

  1. Show esta materia vejo a inclusao chegando aos poucos, dae oportunidade para todos e tambem mostrar como é se sentir sem visao algo que para quem ve pode ser normal mas pensa em perder este sentido como voce ficaria.
    Adoreiiiii
    Luis

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Agradeço sua mensagem.
Saudações Feministas.

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