7 de fev. de 2012

Células tronco e a esperança.



Paraplégico que recebeu injeção de células-tronco caminha 100 m
GRACILIANO ROCHA
DE SÃO PAULO
Nove anos depois do acidente que o deixou paraplégico, o major da Polícia Militar da Bahia Maurício Borges Ribeiro, 47, voltou a andar graças a uma injeção experimental de células-tronco na região da medula.
Amparado por um andador, o policial tem conseguido caminhar até 100 metros por dia. O tratamento pioneiro está sendo desenvolvido por cientistas do Centro de Biotecnologia e Terapia Celular do Hospital São Rafael, em Salvador, e da Fiocruz.
Em março, médicos retiraram células da bacia do paciente e, um mês depois, reinjetaram-nas na região lombar da coluna do policial.
Os movimentos estão retornando gradualmente. O formigamento nas pernas foi o primeiro sintoma da melhora.
Depois, houve aumento do controle da bexiga e do esfíncter. O tratamento é complementado pela fisioterapia.
Ribeiro deu os primeiros passos em julho, cerca de 90 dias após a cirurgia.
“Estou reaprendendo a olhar para a frente quando ando. Não sei se vou andar de muleta ou arrastando uma perna, mas um dia vou conseguir sair da cadeira de rodas, que é uma prisão”, disse o paciente.
“No começo não podia nem ficar sentado que eu caía. Melhoro um pouco a cada dia, mas tenho de seguir à risca o tratamento e fortalecer a musculatura porque, se eu cair ou fraturar alguma coisa, o tratamento para.”
O diretor de pesquisa do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa, Luiz Fernando Lima Reis, afirma que é preciso cautela na expectativa. “É muito promissor, mas ainda precisamos entender muito bem a biologia dessas células”, disse.

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