16 de mar. de 2020

Dor Crônica e suas consequências no dia a dia!


Este relato foi publicado em minhas redes sociais na última final semana e diante do ocorrido estarei orientando todos os locais do bairro que frequento sobre como socorrer uma pessoa.
Sei que minha atitude pode salvar muitas vidas e inclusive a minha.
Dor Crônica e suas consequências!
Há 18 anos vivo com dor Crônica Neuropática, nos últimos quatro anos tive um aumento dor absurdo da dor, que resultou em muitas mudanças na minha vida.
Quem me conheceu em 2014 sabe que hoje vivo outra realidade bem diferente, que muitas vezes me limita mas que não deixo me dominar, na maioria das vezes.
Se eu deixasse a dor me limitar simplesmente estaria deixando de viver, então com o tempo aprendi a viver um dia após o outro.
Após a fratura no fêmur tenho sofrido horrores com o aumento da dor e me readaptado a está nova realidade dia após dia.
O tempo fez eu conhecer o meu corpo, e hoje ao acordar percebi que algo estava estranho, como estou tendo que acordar cedo todos os dias para levar o filho para a escola, tenho sentido muito está nova fase.
Para quem vive com dor Crônica acordar cedo é extremamente difícil, acordamos com muita dor e no meu caso acordo e já começo a me agitar por conta das demandas de ser mãe e da escola.
Ao levar o filho para escola senti dor na cabeça e queda de pressão, ao voltar para casa me senti mal e voltei a dormir novamente.
Quando acordei continuava a me sentir diferente, o calor muda a situação da dor, sai de casa novamente para buscar o filho mas já estava extremamente quente.
Aí sair disse para minha mãe que não estava bem e que não se preocupasse comigo caso eu não voltasse logo.
Até parece que ela não ia se preocupar comigo, mas eu sabia que ia acontecer algo comigo.
Ao sair no portão minha visão ficou turva, mas eu precisava chegar na escola, fui e quase sem enxergar nada consegui chegar até a frente do posto de saúde.
A queda na pressão foi tão brusca que tudo escureceu e comecei a ter falta de ar, sozinha na rua parei, até que ouvi a voz da vizinha e consegui pedir para ela pegar o Roberth na escola.
A outra vizinha foi correndo no posto e pediu socorro, na hora veio o enfermeiro, sem quase conseguir falar disse que precisava que me tirassem da cadeira e me colocassem deitada, ele sem entender disse que eu precisava entrar no posto.
Sai com a cadeira sem enxergar nada a minha frente, os poucos metros do posto pareciam não acabar, até que senti que ia desmaiar e expliquei que não conseguia conduzir a cadeira, todos na minha volta sem saber o que fazer, eu dizendo me tirem da cadeira.
Mas eu precisava entrar no posto para algo ser feito, com muita dificuldade consegui entrar em uma sala.
Tentei explicar e pedi novamente me tirem da cadeira, o médico tentava conversar comigo, que com o ar condicionado ligado fez com que minha pressão fosse se estabilizando novamente.
Tive que mesmo sem condições ir relatando os pq dos pqs.
Até que o médico me entendi e resolve me colocar finalmente na maca.
DICA: Para as pessoas que convivem comigo sempre as oriento caso isso aconteça, me tirem da cadeira, me deitem no chão e levantem minhas pernas, isso salva a minha vida por conta da falta de circulação, o cérebro não consegue bombear sangue para o corpo, ficando sobrecarregado e me colocando em risco de vida.
Esse alerta pode salvar qualquer pessoa com lesão medular e dor Crônica, quantas vezes estive em risco pela falta de conhecimento dos profissionais.
E agora foi mais uma das tantas vezes.
O médico me diz que tenho que fazer um litro de soro, outro sofrimento achar veia, a dor faz com que a gente fique sem acesso.
A dor da agulha é o mesmo que me cortar, grito de dor. A enfermeira tenta duas vezes até que consegue o acesso na mão.
Explico que em casa minha mãe precisa de mim, e peço para ir embora por estar me sentindo melhor.
O Hélio me busca na hora pois não tinha saído de casa aonda, assustado sem saber o que havia acontecido exatamente.
Explico para o doutor novamente o que fazer nestes casos, assim não colocam ninguém em risco de vida.
Orientação para os próximos dias: repouso
Infelizmente não tenho como seguir está orientação amanhã é sexta-feira e o filho tem aula, mas posso sim evitar sair para lugares de demandem de mim estar mais tempo na rua.
Calor, pressão baixa e dor Neuropática não combinam.
Estou aqui deitada ainda sentindo o corpo diferente esperando o Hélio voltar.
A importância da qualificação dos profissionais de saúde nos casos como estes são fundamentais pois estamos falando de vidas.
Sim odeio o verão! Mas preciso seguir.
Foto da minha mão com algodão e esparadrapo.

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Saudações Feministas.

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