13 de jul. de 2012

Transtorno Bipolar e o cérebro.


Imagem do cérebro em tomografia.


A partir de avançadas técnicas de estudo, descobriu-se inúmeras diferenças entre os cérebros comum e bipolar.
Will Brasil

Existem várias maneiras que a ciência usa para estudar o transtorno afetivo bipolar do humor, entre elas: a tomografia computadorizada, ressonância magnética, tomografia por emissão de fótons e tomografia por emissão de pósitrons.
Essas duas últimas são interessantes e avançadas técnicas que permitem não só o estudo da "estrutura cerebral", mas também, a atividade fisiológica real.
Essas abordagens são interessantes porque permitem aos pesquisadores o estudo do cérebro de um paciente bipolar registrando os dados encontrados em imagens, que podem ser comparadas etc. É uma fotografia e/ou vídeo do cérebro em pleno funcionamento!
As diferenças do cérebro bipolar
O que os pesquisadores já descobriram com essas imagens é que existem diferenças em várias partes do cérebro do bipolar em relação às pessoas que não têm a doença.
As regiões afetadas estão intimamente envolvidas no processamento das emoções e no controle das reações emocionais. Muitas dessas regiões cerebrais afetadas são partes do que os neurocientistas chamam coletivamente de "sistema límbico".
Muitos desses estudos detectaram diminuição do volume de massa cinzenta em certas regiões cerebrais tais como: estriato e amígdala que se encontram abaixo do córtex externo e/ou na superfície do cérebro.
Para você ter uma ideia, a amígdala está intimamente ligada com "reações de medo", raiva e outras emoções fortes. Existem outros aspectos observados, por exemplo: O fluxo de sangue no córtex pré-frontal do bipolar varia de acordo com o humor (há aumento do fluxo sanguíneo quando o bipolar está em mania, e diminuição quando está em depressão).
Um achado interessante: A área do córtex pré-frontal e da amígdala respondem com maior intensidade quando estão diante de uma tarefa intelectual. Isso talvez explique a alta criatividade dos bipolares.
Também é sabido que no cérebro do paciente bipolar existem diferenças bioquímicas no córtex pré-frontal e outras partes do sistema límbico (níveis elevados ou muito baixos de bioquímica). Isso significa que os medicamentos podem interagir com essas "descompensas químicas" protegendo e equilibrando o cérebro. Ou em outras palavras: Os medicamentos ajudam o cérebro a agir normalmente e/ou de forma equilibrada.
Quando você ouvir que os medicamentos estão agindo na serotonina, dopamina e norepinefrina é porque muitos estudos foram oriundos das técnicas que eu mencionou no artigo de hoje. A saber, os neurotransmissores que citei acima são responsáveis por alterações do humor.
Eu tenho confiança que nos próximos anos nós iremos saber ainda mais sobre essa "química" toda envolvida com o transtorno bipolar do humor, e o melhor: Produzir novos tratamentos e porque não a cura?
Sorte a todos nós!
"O caminho pode ser longo, mas persistir é a melhor maneira de chegar ao destino"
Fonte: Bipolar Brasil

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